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sábado, 23 de maio de 2020
quarta-feira, 19 de dezembro de 2018
O seu exame de ballet
Ao contrário de um showcase ou performance de final de ano, os exames de ballet podem adicionar uma pressão extra ao dançarino, independentemente de quanto eles adoram o ballet. Embora possam ser assustadores, os exames podem ser benéficos, pois fornecem um objetivo oportuno para trabalhar e fornecer um indicador claro de quão bem você está progredindo.
A Royal Academy of Dance tem mais de 14.000 membros em mais de 80 países em todo o mundo, com seus currículos sendo ensinados a mais de 700.000 dançarinos em todo o mundo.
“Acredite em si mesmo e confie no conhecimento e experiência de seus professores. Coloque em prática suas correções e feedback. ”
“Os workshops de preparação para exames ajudam. Leva o mistério longe de dançar na frente de alguém que não é seu professor de estúdio cotidiano. ”
“Quando você ouvir o examinador tocar a campainha, inspire, junte seus pensamentos e se componha. Expire, relaxe e, mais importante, aproveite! ”
Nascido em Perth, Jackson se formou na Australian Ballet School em 2002 e no ano seguinte se juntou ao The Australian Ballet. Seus destaques no repertório incluem Nijinsky em Nijinsky de John Neumeier (2016), Romeo em Romeo and Juliet (2011) de Graeme Murphy, e Onegin e Lenksy em Onegin de John Cranko (2012). Ele é artista principal do The Australian Ballet desde 2010.
“A preparação é fundamental. Desde o início do ano, o aluno precisa se concentrar em ter metas para o exame de ballet. Trabalhe com seu professor para encontrar o que você precisa alcançar durante o ano todo. Então, quando o dia chegar, você estará mais do que pronto para mostrar ao examinador o quanto você sabe e do que você é capaz. ”
“Eu sugeriria usar imagens para configurar um exame positivo e bem-sucedido. Em vez de deixar sua mente seguir rumo negativo, imagine estar na sala sentindo-se confortável, confiante e calmo ”.
“Durma bem, coma saudável e pratique, pratique e pratique.”
Catherine Goss dançou com o Royal New Zealand Ballet (1987-1991), alcançando o posto de solista. Depois de uma carreira de sucesso na Europa, ela voltou para a Austrália e se juntou à Sydney Dance Company como dançarina. Foi assistente do diretor do Australian Dance Theatre e também associada do diretor artístico do West Australian Ballet. Ela foi diretora de ensaios do Bangarra Dance Theatre, Tasdance e Tanja Liedtke, e leciona regularmente em Sydney.
“Esteja bem apresentável e tenha tudo o que você precisa para fazer no exame com você, e esteja pronto para ir.
"Não se demore e fique triste ou mal-humorado se uma pirueta não funcionar, por exemplo. Olhe para frente e faça cada passo melhor que o anterior. Termine cada exercício lindamente.
"Seja confiante e lembre-se de respirar!"
Fonte : https://dancemagazine.com.au
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quarta-feira, 30 de agosto de 2017
Qual o gasto das companhias de ballet com as sapatilhas de ponta?
Oi Gente !
No post de hoje nos vamos falar sobre a duração e os valores gastos com as sapatilhas de ponta nas companhias de ballet.
Quanto tempo duram as sapatilhas de ponta?
O site Grishko estima que a vida útil média de um par de sapatilhas é de 4-12 horas de trabalho, dependendo do tipo de aulas e do nível do trabalho de ponta. Griskho recomenda mudar as sapatilhas após 45-60 minutos de trabalho (30 minutos para os dançarinos que transpiram pesadamente) e deixá-las secar por um mínimo de 24 horas antes de usar novamente.
Por outro lado, as sapatilhas Gaynor Minden, que são feitos de materiais modernos, em média, duram cerca de cinco vezes mais do que as marcas tradicionais, de acordo com Cunningham et al. do The American Journal of Sports Medicine.
Quantas sapatilhas de ponta as companhias de balé usam em um ano e a que custo?
Os dados são que as sapatilhas tradicionais duram entre 4-12 horas, nas principais companhias de balé. As despesas com sapatilhas de ponta são um dos principais custos das companhias de balé e muitas companhias têm dedicado a captação de recursos. Muitas das informações abaixo são desses recursos (período de 2.015):
• A ABT gasta US $ 500.000 por ano em sapatilhas de ponta, a estimativa é de US $ 70 por par (as companhias de balé pagam menos do que o custo de varejo), o que leva a 7.100 pares de sapatilhas por ano divididos entre aproximadamente 45 dançarinas. Isso é cerca de 160 sapatilhas por dançarino por ano.
• NYCB gasta US $ 600 mil por ano em sapatilhas de ponta. Uma estimativa de US $ 70 por par, sendo que, são 8.600 sapatilhas por ano. Com cerca de 50 bailarinas femininas, cerca de 170 pares por dançarino, por ano.
• O Royal Ballet: "Todos os anos, o Royal Ballet usa 12 mil pares de sapatilhas a um custo de 250 mil libras" (cerca de US $ 400,000), no entanto, dentro desses 12.000 pares de sapatilhas provavelmente incluam sapatos masculinos e outros tipos de sapatilhas . Uma estimativa do The Guardian, o número total de sapatilhas de ponta usados no Royal Ballet é entre 6.000-7.000 pares por ano.
• English National Ballet: English National Ballet usam 5.000 sapatilhas de ponta por ano.
• O balé australiano: "São mais de 5.000 pares de sapatilhas de ponta usadas a um custo de mais de US $ 250.000. O ballet australiano entrega a acada dançarina feminina sapatilhas de ponta para: membros do corpo do balé e coryphée (que recebem dois pares por semana), as solistas e as artistas seniores (recebem três pares) e as bailarinas principais (recebem seis pares). Todas as sapatilhas são feitas à mão com especificações individuais de cada bailarina. "
• O Birmingham Royal Ballet, são mais de 4.000 pares por ano".
• O Miami City Ballet, usam 3.000 pares por ano.
Marianela Nuñez de The Royal Ballet fala sobre o uso de sapatilhas de ponta no The Telegraph: "Durante o dia, posso usar dois pares de sapatilhas nos ensaios; Se eu estiver dançando em um balé de três horas, eu uso um par por ação, então três pares podem ser usados em uma noite. "Ela usa a marca Freeds.
Emily na NYCB explica que o número de sapatilhas que ela usa em uma temporada depende do que ela está dançando. "O número de sapatilhas que eu troco depende da temporada de apresentações. Por exemplo, durante o Nutcracker, perco pelo menos 2 pares todos os dias. Portanto, em seis semanas, é pelo menos 72 pares! Durante as temporadas regulares de Inverno e Primavera, o número varia porque eu posso ensaiar o dia todo, fazer a apresentação a noite ou talvez eu tenha o dia de folga ".
A maioria das grandes companhias tem um mestre ou gerente de sapatilha para gerenciar o processo de gravação de especificações de dançarinos,como pedidos de novas sapatilhas ou então colorir elas, se necessário. O Birmingham Royal Ballet tem seu mestre de sapatilhas com um resumo de suas tarefas e responsabilidades.
Os dançarinos profissionais usam sapatilhas feitos sob medida?
A maioria das dançarinas profissionais usam sapatilhas personalizadas ou especiais.A Freed oferece sapatilhas sob medida para bailarinas, elas passam as especificações aos sapateiros, como: comprimento, largura, tipo de bloco, vamp personalizado, tipo de palmilha, entre outros itens. O site da Freed tem uma lista de sapateiros, que são identificados por fotos, classificação e apelidos (como Butterfly Maker, Club Maker).
Como a maioria dos dançarinos da NYCB e Miami City Ballet, Emily, Lara e Rebecca usam sapatilhas personalizadas e o que elas tem em comum entre os comentários são os grandes benefícios de usar sapatos personalizados.
Fonte: http://balletfocus.com/pointe-shoes-part/
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segunda-feira, 28 de novembro de 2016
Bailarina da Royal Academy aos 71 anos.
Antes tarde do que nunca, reza o ditado que levou uma aposentada do sudeste da Inglaterra às manchetes da imprensa nacional, onde aparece vestindo o bodye o tutu da dança clássica. Aos 71 anos, Doreen Pechey acaba de se tornar a bailarina mais velha do Reino Unido, depois de ser admitida na Royal Academy of Dance.
O ideal de prima ballerina pode não estar ao alcance de Pechey, mas, com seu ingresso no prestigioso centro de formação, ela realizou um sonho de infância que as dificuldades econômicas de sua família haviam impossibilitado. E isso apenas dois anos depois de implantar uma prótese no joelho. Ela prestou o exame da academia centenária em julho e, nesta semana, recebeu a aprovação que a própria instituição divulgou no Facebookcom uma mensagem de felicitação.
A engenheira elétrica aposentada concorreu ao exame de sexto grau em uma área cujo programa se concentra na fruição da dança e na interpretação, mais que na técnica. Para conseguir luz verde, no entanto, dedicou a última década a aprender, primeiro em aulas com alunos de idade avançada (entre os quais o balé se revelou crescentemente popular) e depois em sessões particulares, três vezes por semana.
Criada em Sothend-on-Sea e hoje residente em Goring-on-Times, também do sudeste da Inglaterra, Pechey não tinha recursos para se matricular numa escola de dança na juventude. E, quando o dinheiro já não era um impedimento, estava mergulhada nos estudos de engenharia elétrica com a intenção de exercer uma profissão que era, naquele tempo, território majoritariamente masculino. Aos 61 anos, e a um passo da aposentadoria depois de uma carreira produtiva, a visita a uma sobrinha residente no Canadá, professora de balé, a convenceu de que nunca é tarde para a dança.
“Quero que os idosos se deem conta de que podem fazer muitas coisas... Como aprender a dançar, que é muito bom”, declarou a aposentada sobre a mudança física e mental que experimentou com a prática. Quando resolveu enfrentar o desafio, usava manequim 48 (europeu), mas agora diminuiu para 40 e se sente mais flexível e em forma. O balé também contribuiu para a recuperação da cirurgia no joelho, além de lhe dar mais autoconfiança.
Pechey, que já mostra sua carteira da Royal Academy of Dance como bailarina amadora, tem como meta passar nas provas do sétimo grau. Por isso, na cozinha da casa que compartilha com seu marido Bill, instalou uma barra para treinar diariamente. Uma mulher de 71 anos capaz de levantar a perna a 90 graus ou tocar o joelho com o nariz, parece mais do que apta a superar esses e outros desafios.
Fonte: http://brasil.elpais.com
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quarta-feira, 23 de novembro de 2016
Pilates para bailarinos.
Oi Gente !
Pilates é particularmente benéfico para os bailarinos pois, trabalha o fortalecimento da musculatura estabilizadora do centro através da respiração tridimensional e a consciência de cada seguimento da coluna durante os movimentos. Desta maneira, o alinhamento corporal será mantido facilitando a mobilidade das articulações.
A consciência sobre a importância do trabalho da musculatura estabilizadoras diminui a tensão na região lombar e lesões nesta área serão evitadas.
A natureza fluida da prática do Pilates promove a economia de energia, garantindo que a musculatura correta trabalhe de forma eficiente. A incorporação deste tipo de treinamento aliado a prática diária da Dança apresenta uma ótima combinação para o treinamento dos bailarinos, como uma série de exercícios inteligentes trabalhando corpo e mente. O trabalho pode ser feito através da resistência suave das molas nos equipamentos ou o trabalho contra a gravidade no solo.
O método Pilates trabalha o fortalecimento de todos os grupos musculares de forma global, em conjunto com a respiração, enfatiza a estabilização da região lombo pélvica.
A falta de controle do padrão respiratório durante o movimento causa instabilidade tencionando a região lombar como conseqüência acarretando dores lombares. Desta forma, é importante que os bailarinos trabalhem o controle do centro através da respiração durante a performance, assim o impacto sofrido na região lombar é minimizado.
Bailarinos profissionais e amadores podem se beneficiar da prática do Pilates. A prática regular garante força muscular, flexibilidade, bom alinhamento, controle, precisão dos movimentos e fluência entre eles. A diferença no rendimento e no desenvolvimento da performance é percebida quando o bailarino adere à prática. Portanto, a pratica do método é uma ferramenta importante para manter o corpo flexível e tonificado.
34 exercícios do repertório clássico
http://revistapilates.com.br/
sexta-feira, 18 de novembro de 2016
Como surgiu o padrão do corpo de bailarina e suas mudanças ao longo dos anos.
Oi Gente!
Todos sabemos da maior polêmica, discutida incansavelmente, no mundo do ballet: o padrão físico.
O ballet evoluiu de tal forma em que o físico magro,longilíneo, sem curvas é privilegiado e preferido na maioria dos âmbitos, ainda hoje. Pequenas mudanças estão acontecendo, mas mesmo assim é possível encontrar inúmeros casos de repressão.
Vale lembrar, por exemplo, a polêmica que se deu em 2010, quando a bailarina do NYCB, Jenifer Ringer recebeu ácida critica dizendo que sua Fada Açucarada “parecia que tinha comido um pouco de açúcar demais”. * Quando confrontou as críticas, contou sobre sua luta contra anorexia no passado, e como a opinião alheia só tem poder sobre nós quando nós permitimos. Na mesma época, diversos canais de notícia, blogs e imprensa voltaram a discutir a controvérsia da extrema magreza vista no meio. Natalie Portman, que interpretou uma bailarina em “Cisne Negro” fez questão de ressaltar as duras dietas as quais se submeteu para igualar seu físico a aquele esperado de uma bailarina clássica.
A construção e estabelecimento de um arquétipo
Mesmo com o mundo em constante mudança, onde a beleza deixa de ser um padrão pré-estabelecido e o belo passa a ser o único e o individual, o ballet pede mais mudanças. Muitos coreógrafos e diretores de companhias alegam que se trata de uma visão estética: os palcos “pedem” corpos alongados, magros. Ainda existe uma pressão, mesmo que não escancarada como há décadas atrás, para que as bailarinas se preservem magras, muitas vezes magras demais, devido à rotina intensa de exercícios a qual se submetem.
Mesmo bailarinas que já são geneticamente propensas ao físico mais esguio, tendem a chegar ao limite de seu peso, ou mesmo abaixo dele. Para muitas, é natural estar sempre com fome. “Se estou com fome, é porque estou em forma”, chegou a declarar uma bailarina. Pode-se dizer que em grande parte, o atual padrão físico esperado para uma bailarina clássica se intensificou quando George Balanchine, no auge da popularidade em meados da década de 1960, começou a dar preferência a bailarinas mais magras, longilíneas, que
possuíam mais elasticidade, e que desafiavam os limites de seus próprios corpos.
Seu ideal eram coreografias explosivas, rápidas, seu lema era “estar pronto para o risco”.
Para isso, segundo sua visão, a bailarina deveria ser levíssima, ao mesmo tempo forte, porém sem que seus músculos ficassem expostos em demasia. Algumas de suas famosas musas, como Maria Tallchief e depois a jovem Susanne Farrell representam bem o tipo apreciado por Balanchine.
O coreógrafo, envolvido em várias polêmicas costumava passar a mão no torso das bailarinas em aula. Se sentisse suas costelas sem esforçoa bailarina estava na forma ideal.
Nem sempre foi assim, no entanto.
Quando o ballet tomou a forma clássica que chegou até nós, no começo do séc.19, o porte físico das bailarinas não poderia ser mais diferente do visto atualmente.
Marie Taglioni, considerada a primeira “prima ballerina”, tinha um físico ideal para os moldes da época: formas arredondadas e suaves, pernas grossas de trabalho físico, que mostravam todo o acúmulo de exercícios em seus músculos. Era considerado bonito de se ver, na bailarina, todas horas de árduo trabalho que levavam a longas e extenuantes performances. Esse foi um padrão que perdurou fortemente durante todo o século XIX, até a estreia de Anna Pavlova nos palcos russos.
A partir daí, algumas coisas começaram a mudar.
(Marie Taglioni, meados de 1825 e Anna Pavlova, 1909)
Destacar-se sem pertencer ao padrão
No início do séc. 20, Anna Pavlova tinha tornozelos finos demais e pés muito
arqueados, e lhe foi dito que ela não poderia se tornar bailarina profissional com tais atributos. Anos mais tarde, Pavlova veio revolucionar a imagem do ballet, com sapatilhas de ponta finíssima, que destacavam a leveza de sua estrutura, e é até hoje lembrada como uma das mais emblemáticas figuras da dança.
Sua “Morte do Cisne” é considerada uma das mais belas performances de todos os tempos.
A dama Margot Foteyn foi uma grande revelação. Seus pés não possuíam o arco perfeito, e além de ser mais baixa que a média, a bailarina tinha pernas grossas e físicas mais musculosas, numa época em que já começavam a reinar as bailarinas mais magras. Seu físico a permitia ter mais força que outras colegas, e sua interpretação brilhante dos papéis que representou, fez com que ganhasse o título de “maior do mundo”!
Sua memorável interpretação de Odette/Odille em “O Lago dos Cisnes” é até hoje usada como base de estudo para inúmeras bailarinas.
E não pense que padrões físicos ficam relegados somente às mulheres,mesmo que com certeza, elas sejam o grupo que mais sente na pele a pressão do meio da dança. Durante os anos 70, Mikhail Baryshnikov, nosso querido Misha, dançava na Rússia Soviética e era mais baixo e forte, que a maioria de seus concorrentes, ficando relegado a segundos-papéis por não ser bom partner para as altíssimas russas. Em meio a tantos bailarinos magros, longilíneos e altos, as piruetas e saltos impressionantes de Baryshnikov não bastaram. Foi somente quando pediu asilo político nos EUA que o fenômeno despontou para o mundo, e tornou-se o maior bailarino de sua época, forte, virtuoso e expressivo.
Atualmente, temos Ivan Vasiliev, no alto de seus 1,75m, com corpo musculoso, que chama a atenção por ser tão jovem, e tão primoroso. Longe do padrão de seus contemporâneos russos, o bailarino exibe musculatura proeminente, que permite saltos de alturas impressionantes, giros intermináveis, e muitos suspiros do público por onde passa.
Por outro lado, o francês Fabrice Calmels, primeiro-bailarino do Joeffrey Ballet de
Chicago, passou por inúmeras rejeições no começo da carreira, por ser alto demais. “Foi um inferno”, afirma o bailarino. Muitos disseram que procurasse outra carreira, e que seria impossível encontrar uma partner adequada para um bailarino de 1,98m. No entanto, Calmels continuou treinando, e dançando, até alcançar o posto principal da companhia nos EUA, e tornar-se um dos mais notórios bailarinos da atualidade.
Um pequeno fato: em 2014 o bailarino passou a integrar o Livro do Guiness de Recordes como o “mais alto bailarino profissional do mundo”.
Maria Kotchetkova, como os colegas russos, encontrou prestígio apenas quando saiu de seu país de origem, pois seus 1,52m foram considerados poucos demais para que ela recebesse papéis de destaque. Mesmo em audições no EUA, Kotchetkova foi dita que era muito baixa. Mas ao vê-la dançar, diretores artísticos logo lhe ofereciam contratos. Hoje ela é primeira bailarina do San Francisco Ballet, e convidada do American Ballet Theater, além de ter retornado à Rússia para dançar diversos papéis que lhe foram negados no começo da carreira.
Esses brilhantes bailarinos são alguns casos que nos mostram que, apesar de tudo, é possível.
O ballet pode ser cruel, mas, a passos de formiga, vem mudando suas perspectivas. O maior exemplo disso é a recém-promovida primeira bailarina do ABT, Misty Copeland!
Começando a dançar tardiamente para a média, com 13 anos, Copeland ouviu recusas após recusas. Recebeu inúmeras justificativas: muito velha, torso muito largo, muito busto, pés finos demais, pernas musculosas demais, longas demais. Mesmo com a dor das críticas, a bailarina em nenhum momento desistiu de seus sonhos: depois de dançar no Harlem Ballet de Nova York, foi convida a juntar-se ao ABT, e em 2015, tornou-se a primeira afro- americana a subir ao mais alto ranking do American Ballet Theater, sendo que desde 2008 era a única afro-americana de toda a companhia. Além disso, em 2014, Copeland foi a primeira afro-descendente da história a representar o papel de Firebird, no clássico composto por Stravinsky, “O Pássaro de Fogo”. Com seu físico forte e mais curvas que a média, a bailarina vem quebrando paradigmas e padrões por onde passa. Tornou-se exemplo de determinação e perseverança para muitas outras aspirantes a bailarina, além de inspiração para o mundo todo.
Um outro grande destaque na atualidade é Tamara Rojo. Ex-primeira bailarina do Royal Ballet, ela hoje é diretora artística do English National Ballet, e sua postura mostra que está aberta e quer mudanças. Já tendo sido chamada de “bailarina voluptuosa”, significando que não era das mais magras, Tamara diz que o ballet é muito mais que um corpo bonito. “Isso me entedia profundamente”. Quando se tornou diretora do ENB, Rojo contratou uma equipe de preparadores físicos, nutricionistas e fisioterapeutas especializados em atletas de elite. “Os bailarinos precisam ser tratados como aquilo que são de verdade”. Após uma apresentação em 2012, a audiência comentava que os bailarinos da companhia pareciam magros demais. Rojo então determinou que todos deveriam ganhar peso. “Quem assiste ballet hoje quer ver corpos saudáveis e fortes, e ainda assim existe a pressão para ser extremamente magro”, declarou a bailarina na época, em entrevista ao Daily Mail. A bailarina disse que não irá contratar para o ENB bailarinos abaixo do peso saudável, e também afirmou que ela mesma nunca foi extremamente magra, e que vai continuar seguindo esta linha. “Quero ter uma carreira longa e saudável para mim, e também para todos os outros”.
Fonte: http://www.tutu4love.com.br
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