sexta-feira, 18 de novembro de 2016

Como surgiu o padrão do corpo de bailarina e suas mudanças ao longo dos anos.


Oi Gente!

 Todos sabemos da maior polêmica, discutida incansavelmente, no mundo do ballet: o padrão físico.
 O ballet evoluiu de tal forma em que o físico magro,longilíneo, sem curvas é privilegiado e preferido na maioria dos âmbitos, ainda hoje. Pequenas mudanças estão acontecendo, mas mesmo assim é possível encontrar inúmeros casos de repressão.

Vale lembrar, por exemplo, a polêmica que se deu em 2010, quando a bailarina do NYCB, Jenifer Ringer recebeu ácida critica dizendo que sua Fada Açucarada “parecia que tinha comido um pouco de açúcar demais”. * Quando confrontou as críticas, contou sobre sua luta contra anorexia no passado, e como a opinião alheia só tem poder sobre nós quando nós permitimos. Na mesma época, diversos canais de notícia, blogs e imprensa voltaram a discutir a controvérsia da extrema magreza vista no meio. Natalie Portman, que interpretou uma bailarina em “Cisne Negro” fez questão de ressaltar as duras dietas as quais se submeteu para igualar seu físico a aquele esperado de uma bailarina clássica.

A construção e estabelecimento de um arquétipo


 Mesmo com o mundo em constante mudança, onde a beleza deixa de ser um padrão pré-estabelecido e o belo passa a ser o único e o individual, o ballet pede mais mudanças. Muitos coreógrafos e diretores de companhias alegam que se trata de uma visão estética: os palcos “pedem” corpos alongados, magros. Ainda existe uma pressão, mesmo que não escancarada como há décadas atrás, para que as bailarinas se preservem magras, muitas vezes magras demais, devido à rotina intensa de exercícios a qual se submetem.

 Mesmo bailarinas que já são geneticamente propensas ao físico mais esguio, tendem a chegar ao limite de seu peso, ou mesmo abaixo dele. Para muitas, é natural estar sempre com fome. “Se estou com fome, é porque estou em forma”, chegou a declarar uma bailarina. Pode-se dizer que em grande parte, o atual padrão físico esperado para uma bailarina clássica se intensificou quando George Balanchine, no auge da popularidade em meados da década de 1960, começou a dar preferência a bailarinas mais magras, longilíneas, que
possuíam mais elasticidade, e que desafiavam os limites de seus próprios corpos.
Seu ideal eram coreografias explosivas, rápidas, seu lema era “estar pronto para o risco”.

Para isso, segundo sua visão, a bailarina deveria ser levíssima, ao mesmo tempo forte, porém sem que seus músculos ficassem expostos em demasia. Algumas de suas famosas musas, como Maria Tallchief e depois a jovem Susanne Farrell representam bem o tipo apreciado por Balanchine.
O coreógrafo, envolvido em várias polêmicas costumava passar a mão no torso das bailarinas em aula. Se sentisse suas costelas sem esforçoa bailarina estava na forma ideal.

Nem sempre foi assim, no entanto.

 Quando o ballet tomou a forma clássica que chegou até nós, no começo do séc.19, o porte físico das bailarinas não poderia ser mais diferente do visto atualmente.
 Marie Taglioni, considerada a primeira “prima ballerina”, tinha um físico ideal para os moldes da época: formas arredondadas e suaves, pernas grossas de trabalho físico, que mostravam todo o acúmulo de exercícios em seus músculos. Era considerado bonito de se ver, na bailarina, todas horas de árduo trabalho que levavam a longas e extenuantes performances. Esse foi um padrão que perdurou fortemente durante todo o século XIX, até a estreia de Anna Pavlova nos palcos russos.

A partir daí, algumas coisas começaram a mudar.

 

(Marie Taglioni, meados de 1825 e Anna Pavlova, 1909)

Destacar-se sem pertencer ao padrão

 No início do séc. 20, Anna Pavlova tinha tornozelos finos demais e pés muito
arqueados, e lhe foi dito que ela não poderia se tornar bailarina profissional com tais atributos. Anos mais tarde, Pavlova veio revolucionar a imagem do ballet, com sapatilhas de ponta finíssima, que destacavam a leveza de sua estrutura, e é até hoje lembrada como uma das mais emblemáticas figuras da dança.
Sua “Morte do Cisne” é considerada uma das mais belas performances de todos os tempos.

A dama Margot Foteyn foi uma grande revelação. Seus pés não possuíam o arco perfeito, e além de ser mais baixa que a média, a bailarina tinha pernas grossas e físicas mais musculosas, numa época em que já começavam a reinar as bailarinas mais magras. Seu físico a permitia ter mais força que outras colegas, e sua interpretação brilhante dos papéis que representou, fez com que ganhasse o título de “maior do mundo”!
Sua memorável interpretação de Odette/Odille em “O Lago dos Cisnes” é até hoje usada como base de estudo para inúmeras bailarinas.


E não pense que padrões físicos ficam relegados somente às mulheres,mesmo que com certeza, elas sejam o grupo que mais sente na pele a pressão do meio da dança. Durante os anos 70, Mikhail Baryshnikov, nosso querido Misha, dançava na Rússia Soviética e era mais baixo e forte, que a maioria de seus concorrentes, ficando relegado a segundos-papéis por não ser bom partner para as altíssimas russas. Em meio a tantos bailarinos magros, longilíneos e altos, as piruetas e saltos impressionantes de Baryshnikov não bastaram. Foi somente quando pediu asilo político nos EUA que o fenômeno despontou para o mundo, e tornou-se o maior bailarino de sua época, forte, virtuoso e expressivo.


Atualmente, temos Ivan Vasiliev, no alto de seus 1,75m, com corpo musculoso, que chama a atenção por ser tão jovem, e tão primoroso. Longe do padrão de seus contemporâneos russos, o bailarino exibe musculatura proeminente, que permite saltos de alturas impressionantes, giros intermináveis, e muitos suspiros do público por onde passa.


 Por outro lado, o francês Fabrice Calmels, primeiro-bailarino do Joeffrey Ballet de
Chicago, passou por inúmeras rejeições no começo da carreira, por ser alto demais. “Foi um inferno”, afirma o bailarino. Muitos disseram que procurasse outra carreira, e que seria impossível encontrar uma partner adequada para um bailarino de 1,98m. No entanto, Calmels continuou treinando, e dançando, até alcançar o posto principal da companhia nos EUA, e tornar-se um dos mais notórios bailarinos da atualidade.
Um pequeno fato: em 2014 o bailarino passou a integrar o Livro do Guiness de Recordes como o “mais alto bailarino profissional do mundo”.


Maria Kotchetkova, como os colegas russos, encontrou prestígio apenas quando saiu de seu país de origem, pois seus 1,52m foram considerados poucos demais para que ela recebesse papéis de destaque. Mesmo em audições no EUA, Kotchetkova foi dita que era muito baixa. Mas ao vê-la dançar, diretores artísticos logo lhe ofereciam contratos. Hoje ela é primeira bailarina do San Francisco Ballet, e convidada do American Ballet Theater, além de ter retornado à Rússia para dançar diversos papéis que lhe foram negados no começo da carreira.
Esses brilhantes bailarinos são alguns casos que nos mostram que, apesar de tudo, é possível.


O ballet pode ser cruel, mas, a passos de formiga, vem mudando suas perspectivas. O maior exemplo disso é a recém-promovida primeira bailarina do ABT, Misty Copeland!

 Começando a dançar tardiamente para a média, com 13 anos, Copeland ouviu recusas após recusas. Recebeu inúmeras justificativas: muito velha, torso muito largo, muito busto, pés finos demais, pernas musculosas demais, longas demais. Mesmo com a dor das críticas, a bailarina em nenhum momento desistiu de seus sonhos: depois de dançar no Harlem Ballet de Nova York, foi convida a juntar-se ao ABT, e em 2015, tornou-se a primeira afro- americana a subir ao mais alto ranking do American Ballet Theater, sendo que desde 2008 era a única afro-americana de toda a companhia. Além disso, em 2014, Copeland foi a primeira afro-descendente da história a representar o papel de Firebird, no clássico composto por Stravinsky, “O Pássaro de Fogo”. Com seu físico forte e mais curvas que a média, a bailarina vem quebrando paradigmas e padrões por onde passa. Tornou-se exemplo de determinação e perseverança para muitas outras aspirantes a bailarina, além de inspiração para o mundo todo. 


Um outro grande destaque na atualidade é Tamara Rojo. Ex-primeira bailarina do Royal Ballet, ela hoje é diretora artística do English National Ballet, e sua postura mostra que está aberta e quer mudanças. Já tendo sido chamada de “bailarina voluptuosa”, significando que não era das mais magras, Tamara diz que o ballet é muito mais que um corpo bonito. “Isso me entedia profundamente”. Quando se tornou diretora do ENB, Rojo contratou uma equipe de preparadores físicos, nutricionistas e fisioterapeutas especializados em atletas de elite. “Os bailarinos precisam ser tratados como aquilo que são de verdade”. Após uma apresentação em 2012, a audiência comentava que os bailarinos da companhia pareciam magros demais. Rojo então determinou que todos deveriam ganhar peso. “Quem assiste ballet hoje quer ver corpos saudáveis e fortes, e ainda assim existe a pressão para ser extremamente magro”, declarou a bailarina na época, em entrevista ao Daily Mail. A bailarina disse que não irá contratar para o ENB bailarinos abaixo do peso saudável, e também afirmou que ela mesma nunca foi extremamente magra, e que vai continuar seguindo esta linha. “Quero ter uma carreira longa e saudável para mim, e também para todos os outros”.

Fonte: http://www.tutu4love.com.br

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quinta-feira, 17 de novembro de 2016

Maquiagem , 10 dicas!


Ballet Stage Makeup in 10 Steps



Oi Gente! 
Aqui seguem 10  dicas para  você aprender como aplicar maquiagem para uma apresentação de ballet, por Carli Samuelson, corpo de bailado do PNB (Ballet Noroeste Pacífico).

Seguem as 10 dicas:
1. Comece por aplicar uma base com uma esponja limpa no rosto e pescoço. Certifique-se de misturá-lo bem.
2. Use levemente uma base em pó.
3. Use sombra branca perolada e aplique sobre a pálpebra e sob sobrancelha para realçar.
4. Escureça as sobrancelhas com sombra de olho marrom e sobre o vinco de pálpebra.
5. Em seguida, cole os cílios falsos.
6. Coloque blush sob o osso da bochecha e na linha da mandíbula para defini-lo.
7. Use uma sombra com brilho ( prateado por exemplo)  no canto interno de seu olho para abrir os olhos.
8. Use delineador preto sobre a pálpebra e faça em forma de asa.
9. Passe rímel nos cílios que você colocou  e também nos cílios inferiores.
10. Use um primer para os lábios para evitar manchas. Em seguida, aplique o batom vermelho e tenha cuidado para não manchar os dentes.

Abaixo segue o vídeo do passo a passo da  Carli Samuelson. 

O vídeo esta em inglês.


                      

Fonte: http://classicalballetnews.com/ba
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quarta-feira, 16 de novembro de 2016

Pele de Bailarina saudável.

Tamara Rojo
Oi Gente
Os cuidados com a pele podem parecer uma verdadeira chatice, mas no mundo da dança nossa pele é muito visível. E os nossos rostos estão constantemente em exibição nas brilhantes do palco. Não importa se a gente lava o rosto o tempo todo, por vezes as espinhas são inevitáveis e podem se tornar muito embaraçoso para a bailarina. 
Algumas dicas para sua pele estar sempre saudável e você sempre bela:
  • Suor, suor e mais suor!
Às vezes a pele fica irritada quando fica molhada o tempo todo com o suor, a dica é usar de uma toalha nos momento de pausa. Então lembre-se de levar uma pequena toalha nas aulas de dança!
  • Manter a pele limpa.
Uma das razões do surgimento das espinhas é a falta de limpeza. Tenha sempre com você um óleo adstringente nas aulas de dança, e nos intervalos lave o rosto, as costas e peito com ele entre as aulas. É incrível o quanto a nossa pele pode pegar bactérias durante um curto espaço de tempo.
  • Água para se livrar das toxinas.
Uma boa parte da sujeira que nossa pele pega, surpreendentemente vem de dentro de nosso próprio corpo! Nós acumulamos toxinas no dia a dia e uma das principais formas de liberar as toxinas a gente adquire através da nossa pele quando transpiramos. Durante as aulas é importante beber bastante água.  A água é essencial para a lavagem das toxinas. Quanto mais água você beber, mais puro será o seu suor. Nas aulas leve uma garrafinha para beber nos intervalos dos exercícios, isso vai ajudar a hidratar e evitar as desagradáveis espinhas.
  • Manter o chão da sala de aula limpo
Muitas vezes, a nossa sala de dança fica um pouco suja. Isso não importaria muito se não fôssemos obrigados a usar o chão durante alguns exercícios! Isso pode causar alguns problemas pra sua pele. Existem alguns tapetes que são utilizados na prática de Yoga, e interessante se puder ter um para os exercícios no solo. 
  • Não espremer as espinhas. NUNCA!
Quando surge uma espinha, a primeira coisa que pensamos em fazer é espremer, pensando que ela irá ajudar a acelerar o processo de cicatrização. Muito pelo contrário. A maioria dos germes está na nossa unha, e quando nós estamos esprememos a espinha podemos infectar a nossa pele e causar cicatrizes permanentes ou danos. Então, deixe a sua pele em paz!
  • Acne “eterna”.
Alguns de nós temos acnes mesmo depois da puberdade, e mesmo tendo todos os cuidados com a pele. E não importa o quão impecável estamos nossa pele não ajuda. Neste caso, precisamos ir a um dermatologista. Ele vai dar o medicamento específico para o seu caso. Nada de dar um de médico ou se consultar com os amigos. Cada caso é um caso!
  • Usar a maquiagem corretamente
Muitas vezes a acne pode ser causada pela obstrução dos poros devido à maquiagem e o uso dos produtos que usamos. Use maquiagem mineral, procure as maquiagens hipoalergênicas, e se possível de uma marca bem conceituada. Antes de começar a maquiagem passe um hidratante ou algum produto para proteger um pouco a sua pele. Uma boa dica também é o protetor solar. E assim que você sair do palco lave muito bem a sua pele!
  • Dieta
Ás vezes as acnes surgem por causa da alimentação. Sua dieta pode ser um grande colaborador! Certos alimentos podem desencadear uma série de espinhas: chocolate, fast food, fritos e gordurosos, muito queijo ou de leite etc… Basta prestar atenção à sua dieta e estar consciente da alimentação.
  • Hormônios
Esta é outro motivo inevitável: hormônios. Como nós envelhecemos nossos corpos começam a mudar e os hormônios se encarregam de trazer essa mudança. Mesmo depois que você está totalmente desenvolvida os hormônios continuam a desempenhar. Especialmente naqueles dias do mês! A dica é consultar seu ginecologista!
Cada bailarino deve manter sua pele sempre limpa e tratada. Com o conhecimento certo do que está acontecendo com a sua situação particular, você tem mais chances de combater as espinhas! Então preste muita atenção à sua pele. Tomando as medidas adequadas você estará sempre linda e isso vai lhe dar a confiança necessária para dançar e dar o seu melhor!
Fonte: https://blognuriyahabdo.wordpress.com
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sexta-feira, 11 de novembro de 2016

Thera-band



Oi Gente!


Os bailarinos devem cuidar constantemente das pernas e pés, e os exercícios com Thera-Band oferece formas complementares com movimentos feitos na barra e, ao mesmo tempo ajuda a alongar os músculos e tendões,  colocando-se na parte inferior do corpo. Alguns dançarinos ignoram os movimentos dos braços que são tão importante como o trabalho com as pernas. Ao fazer alguns simples exercícios repetitivos de braço  com Thera-Band, os bailarinos - ou outra pessoa qualquer, como por exemplo na fisioterapia - é possível aumentar a força superior do corpo sem acrescentar volume. 
Alongando os pés 
Os pés desempenham um papel vital na criação de uma base sólida para o controle da dança, de acordo com Molly Weeks (autora e criadora do BalleCore), que integra o Pilates, Hatha Yoga e o balé. Para alongar seus pés, sente-se na posição vertical com uma perna estendida para a frente, e a outra perna com o  joelho dobrado. Coloque o Thera-Band ao redor da bola do pé estendido e flexione o pé para frente e para trás. À medida que o pé esteja flexionado, puxe o Thera-band  em direção do corpo, proporcionando resistência contra o pé. Faça um movimento de resistência no Thera-Band, assim você sentirá o alongamento no tornozelo e pé. Este exercício ajuda a aumentar  força do tornozelo e também a mobilidade articular, e também a importância da consciência corporal. Execute oito repetições em cada pé.
Alongamento das pernas 
Para você alongar as pernas, sugerimos que estique na horizontal e na vertical, criando uma distância entre seus braços e pernas. Um exercício para promover o alongamento das pernas é o que envolve os músculos isquiotibiais, com o tronco deitado no chão e uma perna estendido com o pé em direção ao teto, e a outra perna estendida no chão. Enrole a Thera-Band em torno da bola do pé. Mantendo o pé levantado em linha reta, expire e puxe a perna inteira para o corpo, sentindo o alongamento para baixo a parte de trás da perna, através dos tendões e músculo da panturrilha . Segure a perna perto do corpo por 30 segundos. Este movimento ajuda a aumentar a flexibilidade nas pernas e quadris, melhorando exercícios de balé, como desenvolve, grandes battements e extensões de perna. Faça o mesmo com a outra perna.


Fortalecimento dos braços 
Ao realizar exercícios de braço com Thera-Band, você cria uma resistência que estimula a força.
Sente-se no chão com as costas eretas e com as pernas cruzadas.
1.Mantenha seus braços juntos ao corpo, o antebraço esticado para frente,  na altura do abdômen, segure em cada uma extremidade Thera-Band. Inspire e ao expirar, estique para as laterais até que se torne tensa, e segure por cinco segundos, repita 10 vezes.
2.Depois levante os braços a altura do peito, estique os braços,  abra os braços para lateral, segure por cinco segundos, repita 10 vezes.
3.Com os braços acima da cabeça,  com eles esticados, abra para as laterais. Segure por 5 segundos , repita 10 vezes.
Resultado de imagem para thera-band
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quinta-feira, 10 de novembro de 2016

Balé funcional


EuAtleta-balet-Fitness_690 (Foto: Eu Atleta | Arte | foto: Renata Domingues)

Oi Gente!

No post de hoje vamos falar sobre balé funcional,  e uma sessão de 50 minutos que une técnicas de dança clássica com exercícios aeróbicos, de pilates e musculação, aumentando o tônus muscular e gerando melhora de postura. Este texto e do site globoesporte.com.


Cabelo arrumado, collant, meia calça impecável, sapatilha de ponta. O balé talvez faça parte do imaginário de nove entre 10 meninas. Mas os anos vão passando, o corpo mudando, e, na maioria dos casos, o sonho não chega a virar realidade. Não chegava. Porque agora qualquer menina, mulher, senhora - e homem, também, claro -, pode virar bailarina. E não precisa nem de roupas clássicas, coque ou sapatilha. Basta ter disposição para o chamado balé funcional, modalidade que trabalha a parte aeróbica, postura, condicionamento físico, tônus muscular, flexibilidade, equilíbrio, respiração e ainda deixa o corpo longilíneo. Tudo isso em 50 minutos de aula, duas vezes por semana.

- É uma aula que está sendo a festa da mulherada. Ela tem vários benefícios, além do prazer e da satisfação pessoal, porque muitas não tiveram a oportunidade de praticar balé na infância. Tem um resultado excelente,  apesar de não trabalhar com peso nenhum, só com repetição e peso do corpo. É um trabalho aeróbico também, e une todas as coisas que a mulher procura. Trabalha seu corpo todo de uma maneira diferente. É uma alternativa de se trabalhar o corpo. A aula de balé funcional visa o corpo, enrijecimento, condicionamento físico, postura, força. Esses princípios do balé clássico a gente traz para dentro da aula de uma maneira que trabalhe a musculatura. A gente faz muita repetição, o que deixa as meninas cansadas - explicou Bianca Iglesias, professora de educação física que trabalha com balé há 15 anos. 

Criado há cerca de 13 anos pela paulista Betina Dantas - que também idealizou o jazz fitness - com a patente Ballet Fitness, a aula ganhou nomes diferentes e se espalhou pelo país, chegando a Nova York e também Paris. O segredo do sucesso é fácil de ser explicado. Além do gasto energético de uma aula ser de cerca de 800 quilocalorias (kcal), o balé funcional reúne passos e a postura do balé clássico, mas quebra aquela rigidez das aulas que visam formar profissionais. Nesses 50 minutos, a aluna é transportada para outro universo, onde ela pode ser quem quiser, brincar, se divertir, sem se preocupar muito se está fazendo tudo de maneira perfeita.

- É uma aula de balé bem mais descontraída que uma aula tradicional. Já começa pela roupa. Elas podem vir vestidas de bailarinas se quiserem, mas costumam usar roupa normal de malhar com uma meinha antiderrapante ou sapatilha. Não precisa ter conhecimento do balé clássico. A técnica é ensinada a cada aula. Até porque não temos o objetivo de formar bailarinos. Você não precisa saber a técnica para realizar os exercícios. E conforme elas vêm às aulas, você vai notando uma melhora corporal. É para qualquer idade. Em casos isolados, a gente faz uma diferenciada nos exercícios para quem tem problema de coluna, por exemplo. Mas é uma aula que não tem restrição. Temos várias senhoras que fazem. Ainda não tivemos um homem, mas eles são bem-vindos. É uma aula para qualquer pessoa - afirmou Bianca. 

E as diferenças para uma aula tradicional já começam pelo som. Os primeiros passos são dados com música clássica. Mas, em determinado momento, os pliés, développés e dégagés ganham batidas, animando ainda mais a aula, que é recheada de agachamentos, flexões, exercícios de isometria e abdominais, às vezes com barra de apoio, outras sem, mas sempre com atenção à postura, costas retas e mãos e pés de bailarina esticadinhos. O som do Teatro Municipal volta a ganhar força apenas no fim, na hora dos alongamentos. 

- A gente trabalha com a música clássica e vários outros ritmos. Isso tem o objetivo de deixar a aula diferente, quebrar aquela tradição quadradinha do balé clássico e tirar aquele tabu de que balé não é para qualquer um, é só para meninas mais novas. E quando você une a técnica do balé com exercícios de musculação e pilates tira aquele medo que o balé clássico traz. Essas músicas ajudam a animar também a aula - contou a professora.

E na turma que reúne entre 20 e 30 alunas em uma academia na Tijuca, há meninas e senhoras com objetivos distintos e a mesma aprovação. A aula tem feito tanto sucesso, que a academia precisou readequar sua grade de horários para encaixá-la também no turno da noite. 

- Já fiz balé há muitos anos. Foram oito anos de balé clássico, moderno, jazz, afro... Parei para casar, ter filhos e falei que o dia em que eu me aposentasse, iria voltar para o balé. Tive o privilégio de encontrar essa professora maravilhosa e já faço balé há dois anos com ela. Melhora nosso tônus muscular, o equilíbrio, ainda mais para mim que tenho 60 anos, o balé é essencial. Tenho colegas de 7, 8, 14, 70, 80 anos. Faço aula com meninas, e é uma aula maravilhosa, flui bem, consigo pegar e estou indo até o dia que Deus quiser - disse a professora de educação física aposentada Eliana Gomes, exibindo um corpão aos 60 anos. 
E os resultados não demoram a aparecer. A psicóloga Juliane Lages iniciou a prática do balé funcional há apenas um mês e já se sente outra pessoa. 

- Comecei a fazer essa aula para diversificar um pouco e estou amando. Embora seja uma aula muito pesada, sem nenhum peso, a gente sai morta como se tivesse carregado uma tonelada. O corpo vai ficando mais rígido, vai melhorando nossa elasticidade, fora a animação, melhora nosso ânimo, nossa disposição. Já estou sentindo diferença na postura e no modo de andar - garantiu. 

Assim, se você não gosta de musculação, não tem muita disposição para correr, mas quer tentar ficar com corpão de bailarina, vale a pena testar o balé funcional. A aula que trabalha o corpo inteiro, aumenta o ganho de força, sem perder a leveza. Não é à toa que famosas como Taís Araújo, Flávia Alessandra, Danielle Winits e Ingrid Guimarães estão entre as adeptas.