quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

As 10 coisas que o Ballet me ensinou fora da sala de aula.



Muito além de pliés e tendus, ter aulas de ballet clássico durante anos se provou muito útil para além da sala de aula. Alguns desses aprendizados podem ser bastante óbvios, como “manter a coluna reta”, por isso tentei fugir um pouquinho. Estes 10 itens abaixo provam que ter dedicação à alguma dança vai bem além das horas de aula, ensaio e apresentações.
Ballet Clássico

1. Noção espacial
Tudo bem, a maior parte dos adultos sabe onde começa e termina o seu corpo e consegue visualizar por onde passar sem bater em nada ou ninguém. Mas quem faz dança ganha um 6˚ sentido de noção espacial, especialmente quando é criança e adolescente e ainda não parou de crescer. Você sabe qual espaço precisa para poder abrir os braços em segunda posição ou ainda qual distância tomar para não chutar ninguém na hora de fazer grand battements.
2. Maquiagem
Especialmente para meninas, você já sabia dominar a utilidade das sombras, rímel e delineadores antes das suas amigas terem essas coisas em casa. Nem sempre é para o melhor, já que a maquiagem pra palco precisa ser bem forte e, às vezes, você exagera no tom, esquecendo que não está com os holofotes te seguindo por ai.
3. Cabelo
Não, ninguém faz curso de cabeleireira durante o curso de dança e tem dias que o coque não fica lá aquelas coisas de bonito, mas você sabe como ninguém fazer um penteado que não vai cair, não importa quantos giros ou saltos você faça. E sim, anos e anos de coque ajudam a criar uma afinidade forçada com penteados.
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4. Amizades
De dentro para fora da sala de aula. Amigas bailarinas vão te dar dicas para costurar a fita da sapatilha e dividir com você as angústias dentro e fora do palco. São elas que entendem com o olhar e sabem improvisar quando você precisa daquela ajuda.
5. Pontualidade
Se não chegar na hora, perde o aquecimento e o resto da aula não presta. Motivação suficiente para estar sempre no horário, quando não, adiantada.
6. Ritmo
Quando vê, está contanto até 8. Acha o tempo da música sem nunca ter lido uma partitura e consegue emplacar passos no ritmo em velocidade impressionante. É sempre você criando as dancinhas nas festas de família, não?
7. Disciplina
Bailarina tem aura de gente comportada, mas isso é coisa de dentro de sala. Fora dela, você aprende a comer no horário, senão não dá pra fazer aula direito, a não pular a aula de alongamento e a seguir a rotina, afinal, se ficar muito por fora, aja força pra dor muscular.
8. Não cair (ou cair com estilo)
Assim como a noção espacial, anos girando “no eixo” dão aos bailarinos  um extra na coordenação motora. Você recupera o equilíbrio com mais facilidade e, apesar de quase cair, consegue se recuperar antes de dar de cara com o chão. Se esse não for o caso, os anos de quedas também ajudam a cair com estilo, e diminuir a possibilidade de machucados muito fortes.

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9. O poder de um sapato certo
Só uma bailarina que já colocou uma sapatilha errada e tentou subir na ponta pode contar como um sapato certo e confortável faz maravilhas para a segurança e auto-estima. Quando os pés estão bem, o resto é consequência.
10. The Show Must Go On (ou o show deve continuar...)
Os anos ouvindo a professora dizer que não se mostra o figurino antes da apresentação ou aprendendo a contornar obstáculos para estar tudo certo no dia do espetáculo ensinam qualquer bailarina que a vida é cheia de desvios, mas que vale muito mais aprender a dançar com a vida do que chorar por ela.
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sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

Como amarrar as fitas de cetim


Oi Gente!
Nos já falamos várias vezes sobre  a sapatilha de ponta, mas ainda não falamos  sobre  como amarrar as sapatilhas de ponta. Às vezes, esqueço de falar o básico...

Neste vídeo do Anaheim Ballet, duas maneiras de amarrar as fitas de cetim das sapatilhas, além de maneiras de mantê-las firmes, sem soltar. Está em inglês, sem legendas, mas dá para entender direitinho.
                  
P.S. Quem ficou em dúvida sobre o quê ela espirra no pé, é água.

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Metologia Cubana



                              



Oi Gente !

Considera uma das mais completas do mundo, a Escola Cubana de Balé é o resultado de um profundo estudo das características das demais Escolas existentes, por seus fundadores os irmãos Fernando e Alberto Alonso. Sintetizando este trabalho podemos dizer em linhas gerais que o método cubano reúne a agilidade dos pés, da Escola italiana; a sobriedade e o trabalho dos braços da Escola inglesa, a elegância da francesa e o virtuosismo da Russa, para mencionar apenas as mais relevantes. Na década de 60 os irmãos Alonso começaram a desenvolver o Método, que enriquecido com a dramaticidade e musicalidade inerente aos latinos, veio a ser reconhecido mundialmente como um dos mais virtuosos. 

Com os elementos naturais da cultura de seu povo, através de determinados movimentos de quadris e braços comuns às danças populares do Caribe, eles adaptaram os movimentos clássicos, para o físico dos bailarinos latinos, muito diferente do físico europeu mais longilíneo. Era a Metodologia Cubana de ensinar o balé clássico. E foi exatamente a então esposa de Fernando Alonso, Bailarina Absoluta de Cuba, Alicia Alonso a mais perfeita tradução da Escola Cubana de Balé. Depois dela, gerações e gerações de grandes nomes começaram a surgir naquela distante Ilha caribenha, encantando público e crítica do mundo todo. 

Um povo naturalmente dançante (o caribenho em geral e os cubanos em particular), encontrou nessa Metodologia a oportunidade de aprender o clássico com uma desenvoltura própria. Embora a dança fosse um forte componente da cultura nacional, não havia uma tradição de dança cênica na Ilha. Através da metodologia cubana, os bailarinos chamam a atenção pelo jeito próprio de mostrar o tradicional clássico, principalmente no uso diferenciado da musicalidade, da interpretação e da técnica. Giros e saltos ganham maior velocidade e amplitude, graças a um treinamento específico.

 O tradicionalismo da dança clássica é mantido, mas com adaptações para o físico dos bailarinos latinos. O resultado disso é hoje difundido mundialmente, especialmente na América Latina, como é o caso do Brasil, onde já existem muitos professores e escolas especializados neste método de ensino. Pode-se dizer que Alicia e os irmãos Alonso criaram uma escola Latino-americana de Balé! A importância da criação da metodologia cubana pode ser medida por uma única referência: Até a década de 60, Cuba não possuía companhias de balé e hoje abriga uma das maiores e mais respeitadas do mundo: o Ballet Nacional de Cuba (BNC).

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quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

Professora ballet


                             

Oi Gente !
Curso regular ou livre, infraestrutura, localização, metodologia, mensalidade, organização. Todos esses fatores são importantes na escolha de uma escola de dança? São. Porém, se tornam ínfimos perto do item mais importante: a professora.
Não basta ter uma excelente formação, ter dançado não sei onde, ter mil anos de experiência em dança. Se ela não sabe dar aula e não entende de estrutura corporal, esqueça. Se ela não compreende que cada aluna é única e tem o seu tempo de aprendizagem, esqueça. Se ela se gaba e acha que as alunas jamais a alcançarão, esqueça. Se ela incita a rivalidade em sala de aula, esqueça. Se ela tem a sua preferida e não acompanha o desenvolvimento das demais, esqueça. Tudo isso parece óbvio, mas não só acontece bastante, como é comum.
Uma professora de ballet, geralmente, é diferente das demais professoras de outras danças. Estudou desde pequena, passou por mil professoras extremamente rígidas, sofreu um bocado e, com isso, tem em mente que ballet é a dança da perfeição. Mas perfeição existe? Não. Nem a melhor bailarina dentre todas é perfeita, sendo assim, nós também não seremos. A questão é acreditarmos que sim, entrar nessa neura e nos sentirmos as piores do mundo por conta disso.
Tudo isso se agrava quando a aula é para adultos. Daí, das duas, uma: ou a professora exige brilhantismo de quem não tem corpo nem desenvolvimento para isso, ou afrouxa na técnica porque não vai perder tempo com quem não conseguirá fazer o que ela quer.
Não existe justificativa nem para uma coisa, nem para outra. Uma boa professora vai ensinar ballet da melhor maneira possível respeitando o tempo de cada aluna. Ensinará a técnica, sem descuidar da pedagogia. Terá sensibilidade para lidar com mulheres que quiseram ser bailarinas na infância e hoje tem de lidar com as próprias limitações. Olhará cada aluna como única, entenderá o seu tempo e as suas habilidades. Uma professora assim faz de uma bailarina o melhor que ela pode ser.
Outra coisa importante: uma boa professora sabe o quanto é importante para as suas alunas dançarem feito bailarinas. Não facilita a coreografia, mas também não exige o que não pode ser feito. Entende até o encanto que existe para nós em vestir um tutu, amarrar as fitas das sapatilhas e dançar no palco.

Ainda bem que resolvi recomeçar do zero quando mudei de escola. A minha professora é excelente. Não dá nem para descrever o quanto evolui, o quanto eu sinto que posso melhorar e por que não tenho medo de errar. Eu já falei para ela e repito aqui: graças à minha professora, eu não sinto que serei, mas que eu sou uma bailarina de verdade. E se a sua professora não faz você se sentir assim, repense se você está no lugar certo.

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segunda-feira, 30 de novembro de 2015

10 mandamentos do Ballet

              
Oi Gente!
Quem faz ballet sabe o quão cheio de particularidades é o nosso mundo e que nós como bailarinos o temos praticamente como uma “religião”, no sentido de que temos algumas regrinhas e deveres que seguimos e acabam regendo nosso estilo de vida nesse nosso mundo. Pensando nisso, trouxe os 10 mandamentos do ballet:
1) O ballet como prioridade
Você deve dedicar grande parte de suas atenções para o ballet.
Estudá-lo, vivê-lo e respirá-lo.
Atentar-se às correções, assistir ballets pessoalmente e online e estudar como os movimentos devem ser devidamente executados. Para o lado físico, usar seu tempo livre para se alongar, fazer exercícios de fortalecimento e/ou abertura e trabalhar em movimentos que está tendo dificuldades em sala de aula. Fazer do ballet a sua prioridade significa estar procurando maneiras de melhorar sempre.
2) Não fazer ballet em vão
Avalie sempre porque você está dançando. Ir para o ballet está te fazendo feliz? Não adianta ir ao ballet porque sempre fez. Tem que ter vontade e só assim alcançará seus objetivos.
3) Escolher o ballet entre as atividades
Quando estiver em um dilema "ir ao ballet ou ir ao cinema" (por exemplo), você deverá escolher ir ao ballet. A famosa frase "não posso, tenho ensaio". Você pode e deve ter vida social, mas precisa se programar para que as demais atividades não atrapalharem seus ensaios e aulas. A vida é feita de escolhas, escolha o ballet.
4) Respeitar o professor
Independente se você concorda ou não com seu professor, com as escolhas, precisa respeitá-lo. Você não deve falar dele pelas costas, discutir com ele. O respeito que tem com ele é o que terá de volta.
5) Cuidar da sua alimentação
A alimentação da bailarina deve ser balanceada e conter todos os grupos alimentares para que não haja carência de nenhum nutriente e para evitar prejuízos relacionados à saúde.
6) Não desejar o tutu do próximo!
Nem todas as coreografias sugerem o uso de tutus. Você deve vestir seu figurino e entender seu personagem. Se a proposta não é o uso do tradicional tutu, você deve usar o que for sugerido e fazer o seu melhor. Não é a sua roupa, mas sim o seu ballet, que fará de você uma bailarina. Pense nisso.
7) Não roubarás!
Não deve se apropriar de coisas que não são suas, mesmo que essas coisas estejam esquecidas na academia, estúdio ou escola "sem dono"
8) Aproveitar cada minuto da sua aula
Concentre-se. Não deixe que seu foco seja perdido. Todo o foco precisa estar nos exercícios praticados, nas correções. Mesmo quando você parar durante a aula, como para beber água, ou enquanto é o momento de outras pessoas fazerem o exercício, fique atento! Cada momento perdido pode ser a perda de um detalhe e no ballet os detalhes fazem a diferença.
9) Se esforçar sem se matar!
Você precisa saber a hora de descansar. Identificar quando seu corpo está cansado e fazer pausas. Parece que rendemos mais quando estamos exaustos, mas é importante que cuide do seu corpo para evitar lesões graves.
10) Não cobiçar o papel do próximo
Um (a) bailarino (a) deve aceitar o seu papel, mesmo quando ele não é um dos principais. Deve fazer por amor a dança e ao invés de cobiçar o papel de outra pessoa, deve parabenizar quem recebeu um papel que julga melhor que o seu e tentar melhorar para, quem sabe, ter um papel de destaque numa próxima ocasião.

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quarta-feira, 25 de novembro de 2015

Breve história do Tutu

                           
Oi Gente!
Uma bai­la­rina por si só já é apai­xo­nante, mas pre­ci­sa­mos admi­tir que uma bai­la­rina com tutu fica ainda mais encantadora!
Quem faz bal­let (e até mesmo quem não faz) já não sonhou em ves­tir um lindo tutu? Essa peça fun­da­men­tal para o ves­tuá­rio é repre­sen­ta­ção de bai­la­ri­nas no mundo todo.
História
Em 1832 Marie Taglioni imor­ta­li­zou esse tipo de roupa: tratava-se de um cor­pete aper­tado e uma saia de várias cama­das, que se alonga quase até o tor­no­zelo, tam­bém cha­mado Tutu Romântico, e quando é curto chama-se Tutu Italiano.
Na pri­meira apre­sen­ta­ção da peça “As Sílfides” esta ves­ti­menta pas­sou a ser a norma de exce­lên­cia dos bai­la­ri­nos. Mais tarde, o Tutu Romântico, branco e longo, mar­cado por bai­la­ri­nos em “Giselle”, “Las Bayaderas”, pas­sou a ser uti­li­zado como padrão.
O Tutu Romântico, ou Italiano, é uma sobre­po­si­ção de saias cur­tas e rígi­das, em forma de péta­las ao redor do qua­dril do bai­la­rino e dei­xando expos­tas as per­nas, geral­mente é um con­junto de sai­o­tes bran­cos, embora haja uma vari­e­dade colo­rida e bri­lhante. Esse nome foi dado a par­tir de 1881.
Como pro­nun­ciar
Tutu é mais uma pala­vra fran­cesa que faz parte do voca­bu­lá­rio dos bai­la­ri­nos (pronuncia-se “titi” ou “too-too”
Por que esse nome?
A pala­vra “tutu” tem suas ori­gens na pla­teia do teatro. Aqueles que com­pra­vam bilhe­tes mais bara­tos sentavam-se em uma seção loca­li­zada na parte infe­rior do teatro. Esta área deu os fre­gue­ses sen­ta­dos ali uma visão dife­rente do que o resto do público, eles pode­riam ver mui­tas vezes sob as saias das bailarinas. Isso levou a muita con­versa e, even­tu­al­mente, a gíria fran­cesa para esta parte da bai­la­rina se tor­nou “tutu”.
                              
Composição
Corpete: O cor­pete é uma peça sepa­rada do traje ane­xado na cin­tura alta ou no qua­dril, às vezes isso é colo­cado ape­nas com abas elás­ti­cas para per­mi­tir o movimento.
A saia: saias tutu deter­mi­nar a forma do tutu e geral­mente defi­nem o estilo: român­tico, clás­sico ou sino. As saias são nor­mal­mente fei­tas de tule, organza ou voile.
Afinal, por que usa­mos tutu pra dan­çar ballet?
A saia curta, estru­tu­rada e leve conhe­cida como tutu é sinô­nimo do bal­let e foi asso­ci­ada a essa forma única de dança por mais de um século. De reci­tais de bal­let de cri­an­ças até com­pa­nhias de dança inter­na­ci­o­nal­mente reco­nhe­ci­das, as bai­la­ri­nas usam tutus como uma maneira este­ti­ca­mente agra­dá­vel de res­sal­tar sua graça, beleza e feminilidade.
Antes do tutu
No iní­cio do bal­let, a dança era um pas­sa­tempo social em que os dan­ça­ri­nos usa­vam suas pró­prias rou­pas. Após o fran­cês Luis XIV esta­be­le­cer a Academie Nationale de Musique et de Danse, em 1661, as téc­ni­cas de bal­let cres­ce­ram em com­ple­xi­dade, exi­gindo rou­pas espe­ci­a­li­za­das. Para não reve­lar muito durante os movi­men­tos que fazem a saia rodar, cama­das de pre­cau­ção eram usa­das. No final do século XVII, a popu­la­ri­dade con­ti­nu­ada do bal­let como forma de dança levou a mudan­ças nas rou­pas usa­das. Saias mais cur­tas e a inven­ção de tra­jes jus­tos de malha per­mi­ti­ram que os dan­ça­ri­nos tives­sem mais liber­dade de movimentos.
Introduzindo o tutu
É atri­buído à bai­la­rina fran­cesa Marie Taglioni o design do tutu, usado pela pri­meira vez no palco na Opera naci­o­nal de Paris em uma per­for­mance de 1832 de “La Sylphide”. Taglioni dese­nhou o tutu como maneira de mos­trar o tra­ba­lho ela­bo­rado dos pés na dança, que eram escon­di­dos por uma saia longa. De acordo com a lenda apó­crifa, o tutu rece­beu seu nome de ple­beus que olha­vam o bal­let sen­ta­dos do nível mais baixo do tea­tro e cos­tu­ma­vam usar a pala­vra “tutu” como uma deri­va­ção de uma gíria para o bum­bum da mulher.
A fun­ção do tutu
Com o tempo, o tutu foi encur­tado como maneira de reve­lar as per­nas e os pés da dan­ça­rina para o público. Nos anos 1880, a bai­la­rina ita­li­ana Virginia Zucci foi a pri­meira a usar um tutu mais curto e macio que aca­bava perto dos joe­lhos. Depois, como agora, o pro­pó­sito do tutu se tor­nou esté­tico, para apre­sen­tar a ilu­são de que a dan­ça­rina estava flu­tu­ando em uma nuvem, per­mi­tindo que a pla­téia veja com­ple­ta­mente os movi­men­tos de per­nas e pés da dançarina.
Transportando seu tutu
Cuidado ao trans­por­tar seu tutu, prin­ci­pal­mente se ele tiver aro. É inte­res­sante que tenha um porta-tutu, que nada mais é do que uma bolsa espe­cial que irá pro­te­ger seu ves­tido. Nunca dobre-o! O ideal é que ande sem­pre com ele aberto.
Lavando seu tutu
Em algu­mas lavan­de­rias você con­se­gue lavar seu ves­tido sem estraga-lo. Muito cui­dado, esco­lha uma lavan­de­ria de con­fi­ança, veri­fi­que a pos­si­bi­li­dade de lava­rem sem estra­gar a fan­ta­sia, prin­ci­pal­mente quando fala­mos de tutus bor­da­dos. A lavan­da­ria vai te entre­gar com um saco plás­tico, bom para você guar­dar o tutu enquanto não usa. Espero que tenham gos­tado e cuidem bem de seus tutus!
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terça-feira, 24 de novembro de 2015

Como o ballet foi influenciado pela moda.



                                       

Oi Gente!

Hoje os bailarinos atuam com numerosas formas de vestuário, incluindo as compactas roupas de ensaio que se usam no estúdio. Ainda que utilizado pela primeira vez pelo coreógrafo russo George Balanchine por razões econômicas, a roupa de ensaio foi escolhida por sua simplicidade e por demonstrar de forma nítida as linhas do corpo. O vestuário dos primeiros balés se compunham simplesmente das roupas elegantes da época. 

O tutu , uma saia armada de tule transparente, foi popularizada por Marie Taglioni, no balé La Silfide em 1832.O figurino foi se tornando mais curto ao logo do do século e se converteu no atual e característico tutu da bailarina.
Em 1910 uma mudança profunda aconteceu no balé, influenciada pelo Ballet Russo que percorria o cenário europeu. O vestuário do ballet se diversificou graças ao coreógrafo Fokine, que não se conformou que a música, o cenário e o figurino fossem meros acompanhamentos da dança. As cores chamativas e a onda oriental substituiu a hegemonia do tons pastel e as saias largas.

Bailarinas, como a sensual Isadora Duncan e a enigmática espiã Mata Hari, se transformaram em ícones de beleza seguidos mundialmente. Graças a esta nova moda , as mulheres se atreveram a desafiar os sólidos princípios morais que as prendiam ; e começaram a mostrar o corpo, o que por acaso não foi possível sem o escândalo da Igreja e dos meios machistas. Os colos “até as orelhas”, cederam espaço para os decotes em V e as saias se encurtaram levemente, deixando descobertos os tornozelos, coisa que também causou estupor na época. Isto porque durante séculos, as pernas femininas haviam sido consideradas como símbolos eróticos que “provocavam a luxúria nos homens” e que por isso, deviam se escondidas.

Em 1914 chegou a primeira guerra mundial, que de dimensões arrepiantes e de trágicas conseqüências para o velho continente, terminou por completo com o luxo da moda francesa e inglesa, onde se encontravam as grandes casas de alta costura. Uma vez terminado o conflito, em 1918, a saia boca de sino deu passo aos cortes retos tipo “tubo”. 

O tão utilizado corpete mudou de estrategia, se antes havia sido usado para levantar o busto, agora o usavam para diminuí-lo. O “corpete alisador” e os vestidos acinturados no quadril, desenharam o novo tipo de beleza e de mulher: aquelas que buscavam parecer mais com os homens do que as antigas beldades femininas.

Assim surgiram as mulher estilo “garçon”, que para conseguirem parecer mais com os homens, cortaram os cabelos e começaram a sair e a dançar , rompendo os antigos padrões sociais que diferenciavam as classes. Agora era de “ bons olhos” parecerem com as cortesãs de “vida alegre”.

Em plena época do pós guerra e representando esta nova geração de mulheres independentes e modernas, apareceu a mítica Coco Chanel. Seu estilo comodo e prático representava a revolução feminina e econômica que devia surgir na época da recessão. Por esta razão, introduziram materiais mais simples e baratos que o chiffon, o tule e a seda. 

Criou-se então os trajes de tecidos finos, que davam mais e melhor flexibilidade para a nova mulher, já que ademais, punham ênfase na prática esportiva, incentivada pelo recente costume de ocupar o tempo com algo útil. Com a crise econômica de 1929,a indústria da moda introduziu o linho como material em voga, ( devido ao seu baixo custo) e os materiais artificiais como as baratas sedas sintéticas que ocuparam rapidamente o lugar da seda natural, que tinha elevado custo.

Em 1930, a pauta a seguir era as atrizes como Greta Garbo e Marlen Dietrich, mulheres de ombros largos e quadris delicados, altas e finas, como uma esfinge egípcia. Neste período o ponto erótico mudou, desde as pernas até as costas, que agora eram ressaltadas por decotes proeminentes, que provocavam o delírio masculino. Agora a mulher estava envolta com uma áurea de encanto , sensualidade e mistério. Os homens sucumbiam-se diante desta beleza madura. As mulheres aproveitavam-se do corpo, sem ocultar a beleza por princípios moralistas.

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