quarta-feira, 25 de novembro de 2015

Breve história do Tutu

                           
Oi Gente!
Uma bai­la­rina por si só já é apai­xo­nante, mas pre­ci­sa­mos admi­tir que uma bai­la­rina com tutu fica ainda mais encantadora!
Quem faz bal­let (e até mesmo quem não faz) já não sonhou em ves­tir um lindo tutu? Essa peça fun­da­men­tal para o ves­tuá­rio é repre­sen­ta­ção de bai­la­ri­nas no mundo todo.
História
Em 1832 Marie Taglioni imor­ta­li­zou esse tipo de roupa: tratava-se de um cor­pete aper­tado e uma saia de várias cama­das, que se alonga quase até o tor­no­zelo, tam­bém cha­mado Tutu Romântico, e quando é curto chama-se Tutu Italiano.
Na pri­meira apre­sen­ta­ção da peça “As Sílfides” esta ves­ti­menta pas­sou a ser a norma de exce­lên­cia dos bai­la­ri­nos. Mais tarde, o Tutu Romântico, branco e longo, mar­cado por bai­la­ri­nos em “Giselle”, “Las Bayaderas”, pas­sou a ser uti­li­zado como padrão.
O Tutu Romântico, ou Italiano, é uma sobre­po­si­ção de saias cur­tas e rígi­das, em forma de péta­las ao redor do qua­dril do bai­la­rino e dei­xando expos­tas as per­nas, geral­mente é um con­junto de sai­o­tes bran­cos, embora haja uma vari­e­dade colo­rida e bri­lhante. Esse nome foi dado a par­tir de 1881.
Como pro­nun­ciar
Tutu é mais uma pala­vra fran­cesa que faz parte do voca­bu­lá­rio dos bai­la­ri­nos (pronuncia-se “titi” ou “too-too”
Por que esse nome?
A pala­vra “tutu” tem suas ori­gens na pla­teia do teatro. Aqueles que com­pra­vam bilhe­tes mais bara­tos sentavam-se em uma seção loca­li­zada na parte infe­rior do teatro. Esta área deu os fre­gue­ses sen­ta­dos ali uma visão dife­rente do que o resto do público, eles pode­riam ver mui­tas vezes sob as saias das bailarinas. Isso levou a muita con­versa e, even­tu­al­mente, a gíria fran­cesa para esta parte da bai­la­rina se tor­nou “tutu”.
                              
Composição
Corpete: O cor­pete é uma peça sepa­rada do traje ane­xado na cin­tura alta ou no qua­dril, às vezes isso é colo­cado ape­nas com abas elás­ti­cas para per­mi­tir o movimento.
A saia: saias tutu deter­mi­nar a forma do tutu e geral­mente defi­nem o estilo: român­tico, clás­sico ou sino. As saias são nor­mal­mente fei­tas de tule, organza ou voile.
Afinal, por que usa­mos tutu pra dan­çar ballet?
A saia curta, estru­tu­rada e leve conhe­cida como tutu é sinô­nimo do bal­let e foi asso­ci­ada a essa forma única de dança por mais de um século. De reci­tais de bal­let de cri­an­ças até com­pa­nhias de dança inter­na­ci­o­nal­mente reco­nhe­ci­das, as bai­la­ri­nas usam tutus como uma maneira este­ti­ca­mente agra­dá­vel de res­sal­tar sua graça, beleza e feminilidade.
Antes do tutu
No iní­cio do bal­let, a dança era um pas­sa­tempo social em que os dan­ça­ri­nos usa­vam suas pró­prias rou­pas. Após o fran­cês Luis XIV esta­be­le­cer a Academie Nationale de Musique et de Danse, em 1661, as téc­ni­cas de bal­let cres­ce­ram em com­ple­xi­dade, exi­gindo rou­pas espe­ci­a­li­za­das. Para não reve­lar muito durante os movi­men­tos que fazem a saia rodar, cama­das de pre­cau­ção eram usa­das. No final do século XVII, a popu­la­ri­dade con­ti­nu­ada do bal­let como forma de dança levou a mudan­ças nas rou­pas usa­das. Saias mais cur­tas e a inven­ção de tra­jes jus­tos de malha per­mi­ti­ram que os dan­ça­ri­nos tives­sem mais liber­dade de movimentos.
Introduzindo o tutu
É atri­buído à bai­la­rina fran­cesa Marie Taglioni o design do tutu, usado pela pri­meira vez no palco na Opera naci­o­nal de Paris em uma per­for­mance de 1832 de “La Sylphide”. Taglioni dese­nhou o tutu como maneira de mos­trar o tra­ba­lho ela­bo­rado dos pés na dança, que eram escon­di­dos por uma saia longa. De acordo com a lenda apó­crifa, o tutu rece­beu seu nome de ple­beus que olha­vam o bal­let sen­ta­dos do nível mais baixo do tea­tro e cos­tu­ma­vam usar a pala­vra “tutu” como uma deri­va­ção de uma gíria para o bum­bum da mulher.
A fun­ção do tutu
Com o tempo, o tutu foi encur­tado como maneira de reve­lar as per­nas e os pés da dan­ça­rina para o público. Nos anos 1880, a bai­la­rina ita­li­ana Virginia Zucci foi a pri­meira a usar um tutu mais curto e macio que aca­bava perto dos joe­lhos. Depois, como agora, o pro­pó­sito do tutu se tor­nou esté­tico, para apre­sen­tar a ilu­são de que a dan­ça­rina estava flu­tu­ando em uma nuvem, per­mi­tindo que a pla­téia veja com­ple­ta­mente os movi­men­tos de per­nas e pés da dançarina.
Transportando seu tutu
Cuidado ao trans­por­tar seu tutu, prin­ci­pal­mente se ele tiver aro. É inte­res­sante que tenha um porta-tutu, que nada mais é do que uma bolsa espe­cial que irá pro­te­ger seu ves­tido. Nunca dobre-o! O ideal é que ande sem­pre com ele aberto.
Lavando seu tutu
Em algu­mas lavan­de­rias você con­se­gue lavar seu ves­tido sem estraga-lo. Muito cui­dado, esco­lha uma lavan­de­ria de con­fi­ança, veri­fi­que a pos­si­bi­li­dade de lava­rem sem estra­gar a fan­ta­sia, prin­ci­pal­mente quando fala­mos de tutus bor­da­dos. A lavan­da­ria vai te entre­gar com um saco plás­tico, bom para você guar­dar o tutu enquanto não usa. Espero que tenham gos­tado e cuidem bem de seus tutus!
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terça-feira, 24 de novembro de 2015

Como o ballet foi influenciado pela moda.



                                       

Oi Gente!

Hoje os bailarinos atuam com numerosas formas de vestuário, incluindo as compactas roupas de ensaio que se usam no estúdio. Ainda que utilizado pela primeira vez pelo coreógrafo russo George Balanchine por razões econômicas, a roupa de ensaio foi escolhida por sua simplicidade e por demonstrar de forma nítida as linhas do corpo. O vestuário dos primeiros balés se compunham simplesmente das roupas elegantes da época. 

O tutu , uma saia armada de tule transparente, foi popularizada por Marie Taglioni, no balé La Silfide em 1832.O figurino foi se tornando mais curto ao logo do do século e se converteu no atual e característico tutu da bailarina.
Em 1910 uma mudança profunda aconteceu no balé, influenciada pelo Ballet Russo que percorria o cenário europeu. O vestuário do ballet se diversificou graças ao coreógrafo Fokine, que não se conformou que a música, o cenário e o figurino fossem meros acompanhamentos da dança. As cores chamativas e a onda oriental substituiu a hegemonia do tons pastel e as saias largas.

Bailarinas, como a sensual Isadora Duncan e a enigmática espiã Mata Hari, se transformaram em ícones de beleza seguidos mundialmente. Graças a esta nova moda , as mulheres se atreveram a desafiar os sólidos princípios morais que as prendiam ; e começaram a mostrar o corpo, o que por acaso não foi possível sem o escândalo da Igreja e dos meios machistas. Os colos “até as orelhas”, cederam espaço para os decotes em V e as saias se encurtaram levemente, deixando descobertos os tornozelos, coisa que também causou estupor na época. Isto porque durante séculos, as pernas femininas haviam sido consideradas como símbolos eróticos que “provocavam a luxúria nos homens” e que por isso, deviam se escondidas.

Em 1914 chegou a primeira guerra mundial, que de dimensões arrepiantes e de trágicas conseqüências para o velho continente, terminou por completo com o luxo da moda francesa e inglesa, onde se encontravam as grandes casas de alta costura. Uma vez terminado o conflito, em 1918, a saia boca de sino deu passo aos cortes retos tipo “tubo”. 

O tão utilizado corpete mudou de estrategia, se antes havia sido usado para levantar o busto, agora o usavam para diminuí-lo. O “corpete alisador” e os vestidos acinturados no quadril, desenharam o novo tipo de beleza e de mulher: aquelas que buscavam parecer mais com os homens do que as antigas beldades femininas.

Assim surgiram as mulher estilo “garçon”, que para conseguirem parecer mais com os homens, cortaram os cabelos e começaram a sair e a dançar , rompendo os antigos padrões sociais que diferenciavam as classes. Agora era de “ bons olhos” parecerem com as cortesãs de “vida alegre”.

Em plena época do pós guerra e representando esta nova geração de mulheres independentes e modernas, apareceu a mítica Coco Chanel. Seu estilo comodo e prático representava a revolução feminina e econômica que devia surgir na época da recessão. Por esta razão, introduziram materiais mais simples e baratos que o chiffon, o tule e a seda. 

Criou-se então os trajes de tecidos finos, que davam mais e melhor flexibilidade para a nova mulher, já que ademais, punham ênfase na prática esportiva, incentivada pelo recente costume de ocupar o tempo com algo útil. Com a crise econômica de 1929,a indústria da moda introduziu o linho como material em voga, ( devido ao seu baixo custo) e os materiais artificiais como as baratas sedas sintéticas que ocuparam rapidamente o lugar da seda natural, que tinha elevado custo.

Em 1930, a pauta a seguir era as atrizes como Greta Garbo e Marlen Dietrich, mulheres de ombros largos e quadris delicados, altas e finas, como uma esfinge egípcia. Neste período o ponto erótico mudou, desde as pernas até as costas, que agora eram ressaltadas por decotes proeminentes, que provocavam o delírio masculino. Agora a mulher estava envolta com uma áurea de encanto , sensualidade e mistério. Os homens sucumbiam-se diante desta beleza madura. As mulheres aproveitavam-se do corpo, sem ocultar a beleza por princípios moralistas.

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segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Significado dos sentimentos no dia apresentação...

                  
Oi Gente !
São vários os sentimentos no dia apresentação e cada tem seu significado.....
ANGÚSTIA é um nó muito apertado bem no meio do sossego
PREOCUPAÇÃO é uma coisa que ainda não aconteceu  e não sai do seu pensamento.
INDECISÃO é quando você sabe muito bem o que quer, mas acha que deveria querer outra coisa.
CERTEZA é quando você fez todos os movimentos sem dúvidas.
 INTUIÇÃO é quando seu coração dá um pulinho no futuro e volta rápido.
PRESSENTIMENTO é quando passa em você o trailer de um filme que pode ser que nem exista (o filme).
VERGONHA é um pano preto que você quer pra ser cobrir naquela hora.
ANSIEDADE é quando sempre faltam muitos minutos para o que quer que seja.
INTERESSE é um ponto de exclamação ou de interrogação no final do sentimento.
SENTIMENTO é a língua que o coração usa quando precisa mandar algum recado.
RAIVA é quando o cachorro que mora com você mostra os dentes.
TRISTEZA é uma mão gigante que aperta seu coração.
FELICIDADE é um agora que não tem pressa nenhuma.
AMIZADE é quando você não faz questão de você e se empresta pros outros.
CULPA é quando você cisma que podia ter feito diferente, mas, geralmente, não podia.
LUCIDEZ é um acesso de loucura ao contrário.
RAZÃO é quando o cuidado aproveita que a emoção está dormindo e assume o mandato.

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sexta-feira, 20 de novembro de 2015

Motivos para buscar no ballet inspiração pra moda

                           
Oi Gente !
A inspiração para a moda pode vir de diversas fontes: do cinema, das artes, da música… e, claro, da dança! O ballet, por exemplo, é uma referência que está sempre voltando à tona. Pensando nisso, trouxemos alguns bons motivos para você buscar inspiração nesta dança clássica. Confiram:
                        
Leveza e movimento
A leveza dos movimentos do ballet podem ser traduzidos na moda através de tecidos soltos, igualmente leves, que dão suavidade ao look. 
                               
Delicadeza e feminilidade 
Impossível não associar o ballet com delicadeza. Na moda, isso também se reflete na escolha dos tecidos, assim como nas cores, geralmente em tons pastel. Saias plissadas, tules, sapatilhas, tudo muito feminino e delicado!
                      
Postura
A marca registrada das bailarinas é a belíssima postura – e isso também influencia a moda, claro! Não adianta passar horas escolhendo um bom look se, na hora de vestir, sua postura não valoriza a peça que estiver vestindo. Então, “barriga pra dentro, peito pra fora e cabeça erguida”! Depois disso, é só se inspirar.
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quarta-feira, 18 de novembro de 2015

História da Dança


                                  

Oi Gente!
A dança é uma das três principais artes cênicas da antiguidade, ao lado do teatro e da música. No antigo Egito já se realizava as chamadas danças astroteológicas em homenagem a Osíris. Na Grécia, a dança era frequentemente vinculada aos jogos, em especial aos olímpicos. A dança se caracteriza pelo uso do corpo seguindo movimentos previamente estabelecidos (coreografia) ou improvisados (dança livre). Na maior parte dos casos, a dança, com passos cadenciados é acompanhada ao som e compasso de música e envolve a expressão de sentimentos potenciados por ela.
                                 
A dança pode existir como manifestação artística ou como forma de divertimento ou cerimônia.
Atualmente, a dança se manifesta nas ruas em eventos como "Dança em Trânsito", sob a forma de vídeo, no chamado "vídeo-dança", e em qualquer outro ambiente em que for contextualizado o propósito artístico.
No dia 29 de abril comemora-se o Dia Internacional da Dança.
                     
O surgimento da dança, se deu ainda na Pré-História, quando os homens batiam os pés no chão. Com o passar do tempo, foram dando mais intensidade aos sons, descobrindo que seriam capazes de criar outros ritmos, conciliando os passos com as mãos, através das palmas.
A história da dança cênica representa uma mudança de significação dos propósitos artísticos através do tempo.
Com o Balé Clássico, as narrativas e ambientes ilusórios é que guiavam a cena. Com as transformações sociais da época moderna, começou-se a questionar certos virtuosismos presentes no balé e começaram a aparecer diferentes movimentos de Dança Moderna. É importante notar que nesse momento, o contexto social inferia muito nas realizações artísticas, fazendo com que então a Dança Moderna Americana acabasse por se tornar bem diferente da Dança Moderna Europeia, mesmo que tendo alguns elementos em comum.
A dança contemporânea como nova manifestação artística, sofrendo influências tanto de todos os movimentos passados, como das novas possibilidades tecnológicas (vídeo, instalações). Foi essa também muito influenciada pelas novas condições sociais - individualismo crescente,urbanização, propagação e importâncias da mídia, fazendo surgir novas propostas de arte, provocando também fusões com outras áreas artísticas como o teatro por exemplo.

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segunda-feira, 16 de novembro de 2015

Como é feita a sapatilha de ponta


                                     


Oi Gente!

Para quem dança já é uma boa curiosidade esse tema. Mas para quem não dança também é muito interessante saber como é feita uma sapatilha de ponta.
O que será que elas têm dentro que faz a ponta ficar tão dura e forte para suportar o peso do corpo e deixar as bailarinas prontas para se equilibrar na pontinha dos pés?
Muitas pessoas acham que o material utilizado é gesso, mas não tem nada a ver o gesso numa sapatilha. Ela é feita com uma espécie de ‘papier maché’, ou seja, camadas de tecido especial embebidos em cola própria para isso, deixando assim a ponta bem durinha e firme.
Além da parte da ponta, o restante da sapatilha é feito em algodão e cetim por fora o que proporciona beleza a bailarina no momento da dança.
Antes de aprendermos mais sobre sapatilhas é bom sabermos que a dança foi feita para todas as idades e o balé em especial pode ser dançado por qualquer pessoa que queira aprender, mesmo depois de adulta.
Roupas confortáveis devem fazer parte do guarda-roupa da bailarina na hora do treinamento diário. Material em helanca é fundamental (como collants, meias-calças, saias ou shorts e polainas).
Confiram o vídeo feito pelo Dr.José Luis Bastos Melo para um fabricante de sapatilhas e tire suas dúvidas a respeito desse calçado tão lindo que toda mulher sonhou um dia colocar nos pés.


                     

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Ballet Moderno


                                    


Oi Gente !

O Ballet Moderno foi pioneiro ao romper as regras clássicas e introduzir novas ideologias na dança.

Nesse período da história da dança, o que vai separar o clássico do moderno não é simplesmente a técnica, mas, também, o pensamento que norteou sua elaboração.

Nos Estados Unidos e na Europa apareceram novos modos de dançar bastante diferentes da tradição clássica em relação aos espaços utilizados, concepção de dança e movimentos do corpo.

Isadora DuncanO embrião da dança moderna é tradicionalmente associado à estadunidense Isadora Duncan (1878-1927), mas na realidade ela nasce quase que simultaneamente em dois países: Estados Unidos, não somente com Isadora, mas também com Loïe Fuller (1862-1928) e Ruth St. Denis (1877-1968), e na Alemanha, com Rudolf Laban (1879-1958) e Mary Wigman (1886-1973).

Duncan e Fuller fizeram sucesso principalmente na Europa. Ruth St Denis e seu companheiro Ted Shawn (1891-1972) criam uma escola de dança na qual se formaram os primeiros grandes mestres da dança moderna nos Estados Unidos.

Mary Wigman representa um movimento coreográfico expressionista que surgiu na Alemanha dos anos 1920. Muitos modernos mantiveram as estruturas formais estabelecidas pelo balé clássico, porém alguns foram em direção a uma técnica de dança mais livre, ou seja, não seguindo uma determinada técnica e conquistando maior liberdade para a escolha dos movimentos. Eles estavam mais abertos às sugestões de um mundo em mudança e às descobertas da arte de seu tempo.

Os primeiros modernos

Loie FullerAs três dançarinas estadunidenses – Duncan, Fuller e Ruth – nasceram em um país onde a dança clássica não tinha uma tradição como na Europa.

A necessidade dos norte-americanos de afirmar sua própria identidade perante a Europa está nas danças de Duncan e St. Denis, que introduzem uma atmosfera de misticismo em suas práticas gestuais. 1880 – Löie Fuller (1862-1928) iniciou sua carreira ainda no século XIX, quando dançava em shows de revista nos Estados Unidos. Sua primeira coreografia foi um espetáculo solo, Serpentine Dance (1890), onde apareceu com efeitos de luzes e com grandes pedaços de seda esvoaçantes, que ela movimentava com bastões amarrados em seus braços. Descobriu o poder da ilusão cênica com projeções luminosas sobre suas vestimentas em movimento.

Fez sucesso principalmente na Europa. Sua influência marcou a arte e a moda dessa época, anunciando a modernidade que brotava na dança.

1904 – Isadora Duncan foi à Rússia e provocou grande sensação, influenciando Mikhail Fokine (1880-1942) em uma nova forma de pensar o balé.
Usava túnicas soltas, inspiradas nas dos antigos gregos, vestimenta que Sallé tentou introduzir dois séculos antes. Dançava com os pés descalços, rejeitando as sapatilhas de ponta usadas no balé, símbolo sagrado da dança clássica. Isadora é considerada uma revolucionária, com grande ousadia. Não dançava com músicas compostas para balé, mas com músicas que geralmente eram tocadas em concertos, o que a maioria dos baletômanos (amantes do balé) era incapaz de compreender/aceitar.

1890 – Ruth St. Denis (1877-1968) iniciou sua carreira com o balé Rhada, baseado em temas orientais. Suas danças revelavam influência da cultura dos países do Oriente e elementos sobre o divino e o sagrado, com iluminação e guarda-roupa minuciosamente elaborados. Ruth casou-se com Ted Shawn (1891-1972), que compartilhou com ela a idéia de dança como religião.

1915 – Ruth e Ted fundaram uma companhia de dança, a Denishawn, onde se formaram muitos dos bailarinos modernos, como Martha Graham (1894-1991) e Doris Humphrey (1895-1958).
Na Europa, suas idéias não foram bem-aceitas, pois seus espetáculos eram apresentados com coreografias que cultuavam os príncipes astecas e as deusas hindus, não afinando com as preferências da geração dessa época. St. Denis ainda teve de enfrentar a concorrência dos “Balés Russos” de Diaghlev, que estavam fazendo muito sucesso nos Estados Unidos naquela época.

1927 - Martha Graham, discípula da escola Denishawn, afastou-se daquela escola para iniciar sua própria carreira, sendo considerada por historiadores a grande profetisa da dança moderna, pois conquistou um verdadeiro espaço coreográfico para essa modalidade de dança.
Fundou a Martha Graham School of Contemporary Dance, onde criou e aperfeiçoou uma técnica que se baseia principalmente em contração e descontração do abdome, técnica de dança que se espalhou por muitos países, sendo utilizada, ainda, por muitos coreógrafos.

1928 – Doris Humphrey (1895-1958), companheira de escola de Graham, saiu da Denishawn School e fundou uma companhia de dança nos moldes do pensamento moderno.
Humphrey teorizou o equilíbrio e o desequilíbrio do corpo humano com quedas e recuperações. Sua arquitetura coreográfica, ou seja, a construção de suas coreografias, não era dramática ou narrativa. Ela dizia que a dança tem dois extremos: em um deles está o completo abandono à lei da gravidade; no outro, a busca do equilíbrio e estabilidade. O drama dos bailarinos está em lutar contra as forças da gravidade e contra a inércia, correndo sempre o risco de perder o equilíbrio. 1932 – O balé clássico se mescla com a dança expressionista nascente na obra do alemão Kurt Joos (1901-1979) A Mesa Verde, na qual pretendeu mostrar a hipocrisia das conferências de paz e os horrores da guerra. Nessa coreografia apresentou alguns trechos de pantomima, que procura refletir a inquietude da época. Essa obra venceu o concurso de coreografia em Paris, no Théätre de Champs Elysées.

1940 – Martha Graham coreografou a peça Letter to the World (Carta para o Mundo), baseada nos poemas de Emily Dickinson e na observação da diversidade cultural de seu país.

1944 – A coreografia de Graham Appalachian Spring (Primavera Apalache), com cenário de Isamu Noguchi e música de Aaron Copland, fez sucesso com o tema sobre os velhos pioneiros dos Estados Unidos.

1957 – Mary Wigman (1886-1973) produz, na escola de Berlim, A Sagração da Primavera. Intérprete de suas próprias coreografias, conseguiu um grande reconhecimento do público com sua violenta carga expressionista. Apareceu como uma personagem perturbadora, tanto na Europa quanto nas Américas. Especialista em papéis fortes, detinha as qualidades essenciais de uma atriz de tragédia, desprezando toda e qualquer forma de candura.

O BALLET MODERNO surgiu no Brasil na década de 1970. Ele preservou o uso das pontas e gestuais ainda próximos do Ballet Clássico. Neste estilo de dança as coreografias começam a ter ideologias diferentes. Não há mais uma história que segue uma sequência de fatos lógicos, mas sim muitos passos do ballet clássico misturados com sentimentos.

Assim, diferentemente do que acontecia no balé clássico, os bailarinos da dança moderna, muitas vezes, eram estimulados a criar, participar de laboratórios que trouxessem sentimentos, idéias e seqüências pessoais para a coreografia. Dessa forma, a dança moderna propiciou radicais transformações em termos de novos padrões de movimentação, possibilidades técnicas, métodos de criação e arsenal conceitual.



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